Seu amor não tem limites...

“E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a Terra, e fenderam-se as pedras; e abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados.” (Mateus 27. 50-52)

De Gênesis a Apocalipse, a Bíblia traz diversas histórias diferentes, de pessoas diferentes, que viveram em épocas diferentes e em locais diferentes. Mas todas estas histórias têm uma mesma finalidade que é a de formar apenas uma, uma história de amor entre Deus e o homem. Em várias partes da Bíblia (e em nossas vidas), notamos a imensidão do amor de Deus para com o homem, através da proteção oferecida por Ele, através do Seu relacionamento com várias pessoas que se dedicaram a servi-Lo. Mas a maior manifestação do amor do nosso Deus foi o próprio Senhor Jesus Cristo, que deixou Sua glória nos céus e Se encarnou, decidiu viver como um ser humano, passar pelas mesmas situações, pelo mesmo sofrimento e sentir as mesmas dores que nós. Jesus era Deus, mas agora também era homem de carne e osso, e por isso, somente Ele poderia ser a ligação, a “ponte” entre Deus e o ser humano. Como Ele mesmo disse em João 14. 6, Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida, e ninguém vai ao Pai senão por meio Dele.

Como sabemos, no Velho Testamento, Deus sempre acompanhou e livrou Seu povo, mas a intimidade que podemos ter com o Senhor hoje, não era privilégio das pessoas naquela época. Os homens não podiam se achegar à presença de Deus livremente como nós podemos fazer hoje. A única pessoa que podia ter contato direto com a shekináh (presença) do Senhor era o sumo sacerdote, que uma vez por ano, entrava no Santo dos Santos (lugar no templo que era separado por um véu), para oferecer a Deus um sacrifício, para que Ele pudesse perdoar os pecados do povo. A presença de Deus era tão forte e tão santa que, para o sumo sacerdote entrar naquele lugar, ele devia seguir um ritual de purificação. Se ele entrasse na presença do Senhor estando impuro, ele corria risco de morrer ali dentro. Para entrar no Santo dos Santos, o sumo sacerdote vestia uma roupa que tinha sinetas em sua orla, que tocavam enquanto ele estivesse se movimentando dentro daquele lugar, indicando que ele estava vivo. Muitos dizem que ele ainda entrava ali com uma corda amarrada na cintura como medida de segurança, pois se as sinetas parassem de tocar (o que indica que ele estaria morto), ninguém poderia entrar para retirar seu corpo. Ele deveria ser puxado por aquela corda que tinha presa a si. Enfim, desfrutar da gloriosa presença de Deus era algo cheio de restrições, pois de fato, os homens, sendo tão pecadores, não a mereciam. Mas o amor de Deus foi tão grande, que Ele traçou um plano infalível para resgatar-nos do pecado. Mas este plano envolveria Seu Único e Amado Filho, Jesus.

Jesus veio ao mundo para executar o plano de salvação que Deus tinha para nós. Ele veio para pagar o preço de nossas vidas, para que fôssemos somente Dele. Mas o preço que Ele pagou foi muito alto. Foi um preço de sangue. Na cruz do Calvário, Jesus derramou Seu sangue e com Ele nos purificou de todo pecado e nos livrou de toda doença, de toda dor e de toda culpa. Ele é o Médico dos médicos e o nosso Advogado. Já não há nenhuma condenação para aqueles que estão firmados em Cristo Jesus. Ele nos defende das acusações do inimigo diante de Deus. E foi também isso que Ele fez pouco antes de morrer. Em Lucas 23, lemos que Jesus foi crucificado no meio de dois ladrões. Um deles se juntou à multidão que assistia àquela cena, blasfemando contra Ele. O outro ladrão defendeu Jesus, repreendeu o primeiro ladrão, reconheceu os males que ele havia feito e alegou a inocência de Jesus, dizendo que Ele não merecia aquela cruz, ao contrário dos ladrões. Ou seja, o segundo ladrão cria em Jesus como Filho de Deus e Salvador da humanidade. O ladrão arrependido pediu ao Senhor Jesus que se lembrasse dele ao entrar no Paraíso. Pela atitude de humildade do ladrão, Jesus o disse que naquele mesmo dia eles estariam juntos no Paraíso. Nos nossos dias, Jesus continua libertando os condenados. Mesmo aquele criminoso que está preso, se ele crer em Deus, pode-se considerar livre. O Seu amor, que foi demonstrado no Calvário é capaz de quebrar todas as correntes. O amor de Deus vai além das prisões. O amor de Deus alcança aquele que ninguém quer mais tocar. A Sua misericórdia e o sangue derramado naquela cruz nos livram de toda culpa, nos defendem diante de todas as acusações. No Velho Testamento, um cordeiro puro devia ser sacrificado para que houvesse remissão de pecados. No Novo Testamento, Jesus é o Cordeiro Santo de Deus, que tira o pecado (ou a culpa) do mundo.

A Bíblia diz que, quando Jesus morreu, o véu do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo, que sepulcros se abriram e pessoas que serviram ao Senhor ressuscitaram. Isto significa que hoje nós temos livre acesso à presença de Deus. E assim como aquelas pessoas ressuscitaram no dia da morte de Jesus, o Senhor pode ressuscitar os seus sonhos e a sua esperança hoje. A morte de Jesus é também sinônimo de vida. Ele morreu em nosso lugar para que vivêssemos a vida Dele, ou seja, Ele Se deu em nosso favor, Ele Se entregou à morte para que vivêssemos em Seu lugar, como Ele viveu. O amor de Deus vai mais além do que podemos imaginar. O amor de Deus vai além da morte. No terceiro dia após a morte de Cristo, Ele ressuscitou, passou mais alguns dias aqui na Terra e voltou para os céus, onde em breve nos encontraremos com Ele, para ali vivermos a continuação desta história de amor que vem sendo escrita há tanto tempo e que jamais terá fim.

Estamos na semana chamada “santa” e nesta semana o mundo inteiro relembra a morte do Senhor Jesus. Podemos hoje refletir sobre Seu sacrifício de amor por nós: “Será que na nossa vida, no nosso dia-a-dia, temos valorizado o Seu amor? Será que temos retribuído a este amor vivendo em santidade, vivendo uma vida de verdadeiros adoradores?” Faça essa reflexão hoje. Renda-se ao amor de Deus e escolha viver uma vida santa debaixo de Sua glória. Este é um desafio para mim e para você, mas no nome de Jesus, ele pode ser vencido. O amor de Deus não tem limites. O amor de Deus nos leva além do véu, em Sua glória, em Sua preciosa presença. Ele te ama e quer ter você bem pertinho Dele. Ame-o e sirva-o de todo o teu coração, e Ele lhe dará o prazer de tê-Lo sempre por perto.