quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Gideão, um pequeno grande homem

Há alguns dias fui convidado pela irmã Kênia, líder de uma das equipes de louvor da igreja, para levar uma mensagem aos integrantes do grupo, na reunião de oração que sempre é feita antes dos cultos de domingo. A princípio, tive um impulso de recusar o convite, por não me julgar capaz naquele momento de ministrar alguma mensagem. No entanto, a história que vou compartilhar aqui hoje já estava "me perseguindo" há algum tempo e o exemplo do personagem principal me motivou a aceitar o convite, pois sabia que o Senhor estaria me capacitando. Hoje, quero aproveitar este espaço para compartilhar com você a mesma mensagem, mas creio que Deus pode falar de uma forma diferente.

No livro de Juízes, capítulos 6 e 7, encontramos a história de Gideão. Naquele tempo, o povo de Israel estava passando por grande aflição, pois era alvo das maldades dos midianitas, que até lhes roubavam os seus mantimentos e destruíam suas plantações. O povo de Israel não tinha um líder, e por isso muitos israelitas viviam em pecado, na idolatria, afastados do Deus Vivo e Verdadeiro. Foi então que Deus enviou um anjo para falar com Gideão.

A Bíblia diz que Gideão estava malhando o trigo no lagar, ou seja, ele tinha medo que os midianitas roubassem o fruto do trabalho do seu povo, e por isso estava malhando o trigo escondido. Foi então que o anjo apareceu a Gideão e disse-lhe: "O Senhor é contigo, homem valoroso". No entanto, Gideão duvidou por um instante da provisão de Deus, devido àquela situação de calamidade pela qual Israel estava passando. Mas o anjo prosseguiu dizendo que Deus havia escolhido Gideão para livrar a Israel. Gideão questionou: "Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu o menor na casa de meu pai." Mas para Deus não importava a pequenez daquele homem, pois a verdadeira força é fruto da fé. Gideão pediu ao anjo um sinal de que aquelas palavras vinham, de fato, da parte de Deus. Ele preparou um cabrito e pães ázimos e ofereceu ao anjo. O anjo tocou aquela refeição com o seu cajado e subiu fogo das pedras onde estava posta e consumiu aquela oferta. O Senhor então manda que Gideão destrua o altar de Baal edificado pelos midianitas e naquele lugar edifique um altar a Deus. Ele obedeceu, mas, com medo, foi à noite cumprir o que o Senhor havia lhe ordenado. Quando os midianitas descobriram, começaram a perseguir Gideão. Uma briga ainda maior foi comprada. Mas os planos de Deus acerca de Gideão e de seu povo eram perfeitos. Gideão pediu a Deus mais algumas provas de Seu cuidado e Sua segurança (não me aterei a estes detalhes, pois este post já está ficando longo). Certo da fidelidade do Senhor, ele reuniu um exército de trinta e dois mil homens para guerrear contra os midianitas. Mas Deus queria mostrar que não era a força humana que seria capaz de livrar a Israel. Foi então que, por duas vezes, Ele fez com que o exército diminuísse, chegando à quantidade de apenas trezentos homens. Humanamente falando, Gideão e seu exército não teriam a menor chance, mas foi com apenas esses trezentos homens que Deus livrou Israel da opressão dos midianitas sob a liderança do pequeno Gideão. Bastou que eles se aproximassem do acampamento inimigo à noite, quebrassem os seus cântaros (vasos) e tocassem suas buzinas. Os próprios soldados do exército inimigo se derrotaram, lutando entre si, confundidos. Foi assim que Deus livrou a Israel por meio de Gideão.

O que podemos aprender com esta história? A história de Gideão é uma lição de fé, de coragem, de ousadia, e por que não dizer também, de auto-estima, não é verdade? Eu mesmo, quantas vezes me senti pequeno, frágil, devido à várias coisas que ouvi, palavras que me feriram e que até hoje me trazem um certo desconforto, "traumas" da infância e que até hoje me perseguem. Mas aprendi com Gideão que o tamanho, o porte físico, seja lá o que for, nada disso tem valor para Deus. Não importa o diagnóstico médico, as "certezas (incertas)" da Ciência ou as palavras vazias de um "Zé Mané" qualquer. A última palavra é sempre a de Deus. Como dizia Albert Einstein, "Deus não escolhe os capacitados. Ele capacita os escolhidos". Como também está escrito em 1 Coríntios 1:27-29: "Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele." Como estes versículos já me consolaram e até hoje me consolam!

Cada um de nós enfrentamos batalhas diferentes em campos diferentes da nossa vida. Talvez a sua luta seja no campo emocional, mas também pode ser no campo espiritual, familiar, ministerial, etc. O fato é que não é na força do nosso braço que poderemos vencer os nossos desafios. É Deus que nos capacita. Receba do Senhor a ousadia, a coragem e a força que você precisa para abandonar o pecado, abandonar a apatia espiritual, abandonar o comodismo, abandonar a depressão, para destruir "o altar de Baal" que porventura ainda exista no seu caminho. Tome posse da certeza, da convicção de que o nosso Deus não é um Deus pequeno, Ele é Deus com D maiúsculo, Ele é o Único, Vivo, Verdadeiro, Santo, Inigualável, que nos perdoa, que nos liberta, nos ama e nos faz mais que vencedores por meio do Seu Filho Unigênito. No mais, lembre-se das palavras do anjo quando este apareceu a Gideão: "O Senhor é contigo!".

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